Mesmo após a cirurgia da coluna, pacientes continuam relatando dor, que pode ser amenizada com tratamentos específicos. Veja quais.
Uma dor muito forte, que se instala nas costas ou no pescoço após uma cirurgia da coluna. Essa é a principal característica da síndrome pós-laminectomia, também chamada de síndrome da falha da cirurgia da coluna pela Associação Internacional de Estudo da Dor.
A condição afeta entre 10% e 40% dos pacientes que se submetem a uma cirurgia nas costas¹ e, ao contrário do que o nome sugere, a intervenção cirúrgica não é a causa da dor. Em cerca de 80% dos casos, a dor é de origem desconhecida e pode começar logo após o procedimento cirúrgico ou então ser acentuada mesmo com a intervenção. Apenas em aproximadamente 20% dos casos a estrutura responsável pela origem da dor é identificada, sendo as hérnias de disco as causas mais comuns para a indicação da cirurgia de descompressão das estruturas nervosas da coluna, chamada de laminectomia².
Tratamentos indicados
● Medicamentoso- Entre os fármacos usados estão amitriptilina, clorpromazina, duloxetine, tapetadol, dentre outros , sempre em dosagens individuais recomendadas pelo médico.
● Fisioterapia especializada com foco no movimento e combate a cinesiofobia – O tratamento com medicamentos costuma ser feito junto a programas de reabilitação com movimentos próprios (cinesioterapia) e alongamento muscular.
● Radiofrequência – É um procedimento minimamente invasivo, que pode ser feito com anestesia local e sedação em ambulatório, onde o paciente fica internado por algumas horas. É feito de forma percutânea, ou seja, com a ajuda de uma cânula é possível acessar a coluna através de um aparelho chamado de radioscopia.
A cânula é direcionada para uma localização pré-determinada e, com aplicação de calor, provoca uma lesão térmica nos ramos nervosos responsáveis pela dor. Em poucas semanas o paciente costuma relatar melhora do desconforto.
● Estimulação medular – Também é um procedimento percutâneo e minimamente invasivo, em que eletrodos de 8, 16 ou de 32 pólos são implantados na medula espinhal para iniciar uma estimulação com pulsos elétricos que trará uma melhora do quadro crônico. Após o implante do eletrodo, o médico poderá fazer uma programação personalizada dos estímulos para configurar as ondas elétricas a serem aplicadas, sempre buscando a maior cobertura da área afetada e alívio profundo da dor.